quinta-feira, 31 de março de 2011

Meu picadeiro não demonstra falsidade...

Frio na barriga,nervosismo,ansiedade.Esses sentimentos são rotina.É uma repetição constante,mas quando aparecem,a impressão é que nunca foram sentidos antes.

Rostos pintados,figurino ajeitado.Cenário impecável e uma fila lá fora.É agora.A hora da roda,da força,do MERDA.

Todo mundo se abraça,antes das cortinas se abrirem,desejando pro próximo um bom espetáculo.Não,não vamos assistir,vamos SER o espetáculo.

E todos vão para as cochias,camarim,seus postos.Recomeçam os sentimentos de frio na barriga,nervosismo,ansiedade.Tudo no lado bom,por que a gente sabe o bom trabalho que vamos apresentar em apenas alguns minutos.

O espetáculo começa,e tudo ensaiado.As piadas,as surpresas...tudo já programado,e nós que já sabemos de tudo o que vai acontecer,mesmo assim nos pegamos rindo,se surpreendendo,se emocionando.Não é a mesma coisa...no ensaio é só a repetição.A estréia é orgânico.Você sua com o personagem,vibra com as músicas,e às vezes,só encontramos o personagem ali...naquela hora.A hora do"vamo ver" é crucial pra nós.

Parece que é igual,a cada apresentação.Mas não...tem sempre uma coisa nova,uma surpresa,um errinho que passou despercebido.Normal...assim mesmo.

E a cada apresentção,a cada peça em cartaz,a cada aplauso de pé eu tiro minha conclusão:espero fazer isso a minha vida toda.


Arma essa Lona na Lua

Pois,é

Eu sou uma boba.

Mas,afinal...quem não é?
 
Eu só sei que eu penso demais e não tenho paciencia pra esperar que minhas suspeitas se concretizem.O que acontecem então?As suspeitas se tornam verdades absolutas,sendo que na maioria das vezes não são.


(fatos isolados que não compensam ser tratados.)